domingo, 5 de fevereiro de 2012

(des)humanos?

Somos desperdício de espaço, de tempo, de recursos.
Não servimos para nada para além de consumir o que não é nosso e influenciar o que não nos diz respeito.
Sabemos bem o que é ser um ser humano, é um ser racional que caminha sobre duas patas e que pensa que detém o poder absoluto sobre todos os seres, não apenas racionais, mas vivos.
Somos seres racionais, e com isto digo que somos seres que acham que pensam, porque a maior parte vive em modo automático. Raros são os que se questionam sobre a nossa existência, ou até aqueles que querem fazer dela algo mais do que apenas um conjunto de miseráveis anos, a maior parte prefere não pensar, e desta forma poder pisar os valores morais, repetir os erros que os antepassados cometeram, e mais grave ainda, esta incapacidade de ver o certo e o errado conduz-nos a demover as pessoas que pensam de o fazerem, fazendo troça delas e da sua forma de pensar (que não é uma forma, é simplesmente a essência do que pensar significa).
Mas hoje a minha conclusão não é feliz, muito pelo contrário, eu concluí que nós fomos, somos e seremos sempre assim, continuaremos a pisar valores morais, a esquecer a história, e a tornar as pessoas diferentes iguais a nós, até que um dia este egoísmo colectivo criado pelo individual nos conduza à extinção e a nada mais do que pó no chão que outros haverão de pisar.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Acesso negado. Tente novamente

  Por vezes, parece que há algo que se atravessa terminantemente no nosso caminho, impedindo-nos de sermos felizes. Mas será uma coisa qualquer ou seremos apenas nós?
  Quando somos crianças ou até mesmo quando já somos adolescentes, desenhamos e construímos aquilo que queremos que seja a nossa vida futura. Idealizamos tudo e mais alguma coisa, prevemos coisas imprevisíveis e determinamos coisas indetermináveis. Definimos previamente aquilo que achamos que será o melhor para nós. O que acontece é que, na maioria das vezes, não temos consciência, maturidade e conhecimento suficiente para o fazermos. Encaramos aquilo que achamos ser a vida de um modo demasiado leviano, talvez.
  Muitas vezes, tentamos viver aquilo que planeámos e isso acaba por condicionar a nossa felicidade. Se não nos adaptarmos ao mundo que nos rodeia e às pessoas com quem lidamos diariamente, então nunca poderemos ser verdadeiramente felizes. Uma das soluções passa por abandonar os planos que inicialmente criámos ou então apenas criar novos planos que se ajustem mais àquilo que agora somos. Não somos iguais ao que éramos há uns anos nem seremos os mesmo daqui a poucos anos.
  Estamos em constante mudança e é esta nossa necessidade de manter algo constante, normal,  que muitas vezes não nos deixa sermos felizes. Por isso é que mesmo que o acesso à felicidade nos seja negado, temos de mudar o que tem de ser mudado (porque muitas vezes a culpa é nossa, não dos outros, apesar de ser sempre mais fácil acusar os outros do que reconhecer as nossas falhas) e continuar a insistir, repetindo o mesmo processo vezes e vezes sem conta para que tudo resulte como deve ser. E, se calhar, deixar de fazer planos tão restritos para o futuro era uma boa ideia. É sempre bom ter algo planeado desde que não acabe por nos sufocar.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Mudar... ou não?

Reflecte acerca da seguinte questão: valerá a pena mudar por alguém?
Honestamente?

  Não mudes porque querem que mudes. Muda apenas se achares que vale a pena. Muda por ti. Muda apenas o que achas que te fará bem, apenas naquilo que será para o teu próprio bem. Não mudes porque este ou aquele quer que mudes, muda porque será o melhor para ti.
  Se for necessário tenta produzir alterações na tua aparência para que te ajude a ultrapassar situações do teu íntimo - talvez elas se transfiram do exterior para o interior e que te ajudem a mudar e a te adaptares naquilo que precisas.
  Quem sabe se mais uns furos, umas mudanças de estilo e de pensamentos não te ajudarão?
  Mas mais uma vez digo:
  Porque tu ficarás sempre contigo, e este ou aquele amanhã poderá fugir da tua vida: muda por ti e só por ti.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Enfrentar a verdade

  Na maioria das vezes, custa enfrentar a verdade. Ela faz-nos sentir pequenos, completamente esmagados e insignificantes. Mas a melhor coisa a fazer não é fugir, apesar de ser o que a maioria das pessoas faz. Admito que às vezes preferido esconder-me e mentir a mim própria em vez de fazer frente à dificuldade de encarar a realidade tal e qual como ela é. É o caminho mais fácil, escolhido por quase toda a gente.
  Mas há um pormenor importante a ter em conta: podemos ser felizes vivendo numa mentira e fazendo do nosso mundo um mundo cor-de-rosa mas dermos luta e formos verdadeiros, procurarmos sempre esclarecer tudo e dar lugar à verdade, em vez de recorrermos à mentira ou à omissão, pode custar muito mas compensa. Mais que não seja por sabermos que fizemos o mais correcto, porque lutámos tudo o que tinhamos a lutar, porque vencemos todas as barreiras. Se ainda assim o resultado não foi o esperado, o melhor é consolarmo-nos com o facto de termos dado tudo até à última, de ao menos termos lutado pela nossa causa.


(foi muito pessoal? ou chegou ao cerne da questão?)

domingo, 2 de outubro de 2011

Injustiças

  Somos frequentemente alvo de injustiças. das mais diversas formas e das mais diversas intensidades.
  Há pessoas que têm aquilo a que se chama "pequenos poderes" e, para se sentirem melhores e maiores, usam esse poder a todo o custo e em todas as situações. Fazem tudo e mais alguma coisa, sem ter em conta a opinião dos outros, aproveitando-se da sua impotência em alguns casos.
  É injusto ser castigado, criticado, repreendido ou abafado por algo que não fizemos ou por algo que não estava nas nossas mãos para podermos controlar.
  Ainda é pior quando a nossa opinião é totalmente ignorada em prol da opinião de outras pessoas mais velhas. É verdade que elas têm mais experiência mas isso não implica que elas tenham sempre razão e que estejam sempre certas. Se calhar, às vezes os adultos deviam falar com os adolescentes (definidos por um pré-conceito como pessoas estranhas, com comportamentos irracionais que não sabem o que dizem e que têm a mania que sabem tudo) e perguntar-lhes qual era a sua opinião porque, a meu ver, as nossas ideias às vezes até podem ser melhores, mais úteis e mais eficazes do que as deles.
  Isso podia dar origem a algumas discussões mas também podia evitar muitas!