Por vezes, parece que há algo que se atravessa terminantemente no nosso caminho, impedindo-nos de sermos felizes. Mas será uma coisa qualquer ou seremos apenas nós?
Quando somos crianças ou até mesmo quando já somos adolescentes, desenhamos e construímos aquilo que queremos que seja a nossa vida futura. Idealizamos tudo e mais alguma coisa, prevemos coisas imprevisíveis e determinamos coisas indetermináveis. Definimos previamente aquilo que achamos que será o melhor para nós. O que acontece é que, na maioria das vezes, não temos consciência, maturidade e conhecimento suficiente para o fazermos. Encaramos aquilo que achamos ser a vida de um modo demasiado leviano, talvez.
Muitas vezes, tentamos viver aquilo que planeámos e isso acaba por condicionar a nossa felicidade. Se não nos adaptarmos ao mundo que nos rodeia e às pessoas com quem lidamos diariamente, então nunca poderemos ser verdadeiramente felizes. Uma das soluções passa por abandonar os planos que inicialmente criámos ou então apenas criar novos planos que se ajustem mais àquilo que agora somos. Não somos iguais ao que éramos há uns anos nem seremos os mesmo daqui a poucos anos.
Estamos em constante mudança e é esta nossa necessidade de manter algo constante, normal, que muitas vezes não nos deixa sermos felizes. Por isso é que mesmo que o acesso à felicidade nos seja negado, temos de mudar o que tem de ser mudado (porque muitas vezes a culpa é nossa, não dos outros, apesar de ser sempre mais fácil acusar os outros do que reconhecer as nossas falhas) e continuar a insistir, repetindo o mesmo processo vezes e vezes sem conta para que tudo resulte como deve ser. E, se calhar, deixar de fazer planos tão restritos para o futuro era uma boa ideia. É sempre bom ter algo planeado desde que não acabe por nos sufocar.
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